sexta-feira, novembro 11, 2005

Bordel às 11

A quinta feira começou péssima. Acordei cedo demais, irritado demais e desocupado demais. Tenho de pedir desculpas por ter sentido vontade de explodir o mundo, isso não me parece muito gentil. O resto do dia foi bem surreal.
Às 6 da manhã assisti um filme sobre um "Straight Camp" onde os pais mandavam seus filhos, para que eles passasem por um programa de 5 passos para se tornarem heterosexuais, todas as meninas eram obrigadas a se vestir como bonecas, com longos vestidos completamente cor-de-rosa - quase pink na verdade - os meninos vestiam-se como playmobils, com uniformes azuis. Assisti a mais bela cena de sexo entre duas garotas e essa nem é uma das minhas fantasias eróticas. Quando procurei o nome do filme na programação, ele simplesmente não contava na grade.
Às 7 desconfiei que o orkut planeja me matar. Ele fica me mostrando a mensagem " Você não terá mais que se preocupar em obter renda". Eu e Sue chegamos a conclusão de que ele é coisa do demônio e pretende roubar minha alma. Pobre orkut.
Às 4 da tarde me submeti a um peeling com ácido retinóico, que demorou quase duas horas pra terminar. Deixe que alguém fizesse uma máscara de ácido em meu rosto, o orkut deve estar conseguindo me deixar louco. Droga.
Fiquei até às 11 da noite na casa do Antonio, curtindo a companhia dele, Sue, Rafa e Gabriela. Entretanto, eu tinha de tentar salvar meu rosto às 6 da manhã, então fui pra casa. Aí aconteceu a coisa mais surreal do dia. Peguei um ônibus, que por sorte estava na parada assim que cheguei, paguei a passagem e me sentei. Foi aí que parei pra observar a estranha cortina com estampas tropicais na cadeira da cobradora, assim como o excesso de maquiagem que ela usava.
Depois percebi que o ônibus não usava lâmpadas fluorescentes, ou pelo menos eu achava que não. Ele tinha uma meia luz, que percebi vir das lâmpadas fluorescentes comuns, mas sua proteção era pintada alternadamente de verde e vermelho, com flores desenhadas nelas. Pensei "Que loucura, isso aqui parece mais um bordel", foi aí que o som foi ligado e começou a tocar "Vou de taxi", um dos clássicos do trash. Então me esparramei na cadeira e esperei chegar o meu ponto. Depois do bonde/bordel/trash nada mais poderia acontecer.

3 comentários:

Anônimo disse...

Vou escrever um conto sobre o ônibus bordel que corria o interior do estado levando suas quase lindas garotas ao encontro dos quase homens...

Sic disse...

Fui eu que escrevi aí em cima, e a própósito bora escrever juntos? Estou com uma mania de escrever contigo, não é? kkkkkkkkk

Antó disse...

Mmmmmmmmm não me convenceu mas gostei