terça-feira, dezembro 15, 2009

Você ainda vai dormir longe de mim hoje? Serei bonzinho, prometo. Bom, pelo menos o tanto quanto consigo ser bonzinho. Prometo coisas de mais, eu sei, por isso que é só o tanto quanto eu conseguir. Isso é um progresso, não? Você vai dormir comigo então...?

terça-feira, outubro 27, 2009

Um vez eu falei de viver sem arrependimentos, acho que todo mundo fala. No meu caso descobri que falei cedo demais...

quinta-feira, outubro 08, 2009

Ele andava na direção contrária, mesmo com a visão pior que nunca eu sabia quem era. Fiz o de sempre, passei e fingi que não conhecia. Ele voltou, fez com que eu falasse com ele, não consigo largar essa porcaria de educação. Deixei que falasse, quando terminou continuei meu caminho, exatamente na hora em que virei de costas, ela cantou no meu ouvido "Fuck you, fuck you, very, very muuuuch". Nesse momento tive certeza de que a vida merece trilha sonora.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Zero 7 - Swing

-Pera, pra que esssa pressa?
-O MUNDO!
-Que tem ele?
-Tá acabando...
-É verdade.
-Por isso eu tô correndo, pra achar um lugar seguro.
-Pára um pouco, escura só.
-Que linda. Que música é essa?
-É A música, ela tá chegando no final, por isso tá tudo acabando.
-Então...então é você quem tá acabando com tudo?
-Ah...bem...de certa forma sim...me desculpe.
-Eu sou tão jovem, eu não queria morrer, não agora.
-Ah...me desculpa por isso também. Mas ouve, não tens a sensação de que está tudo da forma como deveria estar?
-É, é verdade.
-Bom...poderias me acompanhar, serias a penúltima coisa a partir.
-Não sou uma coisa. Digamos que eu aceite, por que eu seria o penúltimo a ir?
-Ah, porque eu preciso ser a última coisa, regras sabe, não tem jeito, mas eu gostaria de que fosses a última coisa que vejo antes de partir. Poderia ser?
-É...se não tem outro jeito, acho que poderia ser assim.
-Agradeço.
-A música é linda, você quem compôs?
-Ah, muito obrigado, fui eu sim, me alegra que gostes.
-Podemos sentar aqui?
-Por que aqui?
-Porque é alto e tem uma árvore e grama e vento, é um bom lugar.
-De acordo.
-Obrigado.
-Pelo quê?
-Algum tempo extra...

terça-feira, setembro 22, 2009

Eu cheguei ao fundo do poço, engraçado como tenho consciência disso, tá tudo bagunçado, os livros estão jogados, a roupa toda fede a cigarro - costumava ter o teu cheiro nela -, aliás, tudo fede a cigarro, cigarro e mofo, porque eu não abro as janelas faz dias. Não tô pedindo ajuda, tô afundando o máximo que posso e é proposital, preciso curtir esses momentos, não costumo me dar ao luxo de tê-los, eu sou quem mantém as coisas de pé, lembra? Não se culpe - não que eu ache que você o faria - só estou testando alguns limites. Contudo, se você quiser voltar eu paro com tudo... Eu juro...

quarta-feira, julho 22, 2009

Postagem 250

Exausto, eu estou exausto, é isso, não consigo mais nem sair do lugar. É isso que está acontecendo, eu não estou distante, eu não estou sempre pensando em outras coisas, eu só estou exausto. E não, não esou sendo irônico, eu simplesmente tô dizendo a verdade, a mais pura e simples verdade, o problema é que quando ela sai da minha boca assume um estranho tom de desdém, mais eu juro que é mais um efeito do cansaço, e também da minah tendência natural a ser insuportável, mas, nesse caso, muito mais do cansaço. Deita aqui vai, se eu ficar calado nem vai parecer que sou um imbecil insensível, juro.

domingo, junho 14, 2009

O telefone toca:
-Vamos ao cinema?
-Não.
-Credo, que resposta seca. Por que não?
-Porque você gosta de Bergman e Lars Von Trier.
-E daí? Você também!
-Não vamos, esquece.
-Que absurdo, me fala logo. Que que foi?
-Os finais.
-Os finais? Que finais criatura?
-O dos filmes, ora merda.
-Ué, que tem eles?
-Eu tô precisando de finais felizes.
-... Tá, a gente pode ver esse.
-Não tava me referindo ao filme...
-Eu sei, mas esse serve?
-Sim.
-Então vamos ver esse.
-Tá bom.
-Você escolhe um final, vai ser o nosso, tá?
-Pode ser um dos felizes?
-Eu gostaria muito que sim.

domingo, junho 07, 2009

Eu sei que você não vai ficar, eu só queria, ou melhor gostaria, que você dissesse alguma coisa, me escrevesse ao menos, umas palavras que fosse...

quarta-feira, junho 03, 2009

Eu sempre quero escrever como outro alguém, alguém mais leve, cujas palavras tenham mais graciosidade, mas não consigo. Na verdade, o que me falta é maturidade pra me conformar em ser apenas eu mesmo.

sexta-feira, maio 29, 2009

Ela vivia apenas de uns bocados de afeto, era só isso que ela conhecia, então era apenas isso que ambicionava. Na verdade, conhecia tão pouco de tudo, que era de se espantar a beleza que ela arrancava das coisas mais ínfimas da vida. Quando alguém perguntava como havia conseguido, ela sempre respondia de uma forma tão clara, que parecia desfaçatez "Ah, eu peguei".

segunda-feira, maio 25, 2009

Our Love Is Easy

Deep within your heart, you know it's plain to see
Like Adam was to Eve, you were made for me
They say the poisoned vine breeds a finer wine
Our love is easy

If you ask me plainly
I would glady say
I'd like to have you round just for the rainy days
I like the touch of your hand,
the way you make no demands
Our love is easy

Our love is easy
Like water rushing over stone
Oh, our love is easy,
like no love I've ever known

Physically speaking we were made to last
Examine all the pieces of our recent past
There's your mouth of tears
Your hands around my waist
Our love is easy

Every time we meet it's like the first we kiss
Never growing tired of this endlessness
It's a simple thing,
we don't need a ring

Our love is easy
Our love is easy
Like water rushing over stone
Oh, our love is easy,
like no love I've ever known

Our love is easy
Like water rushing over stone
Oh, our love is easy,
like no love I've ever known

Deep within your heart, you know it's plain to see
Like Adam was to Eve, you were made for me
They say the poisoned vine breeds a finer wine

Melody Gardot

Momento Piegas

Não, eu quero uma resposta agora e não vale "Talvez...", "Talvez..." não diz nada, pior, ele atrapalha tudo, o que você tem de entender é que eu não sou um homem de sorte, nunca fui, as coisas tem de ser planejadas, de preferência com três meses de antencedência, porque se não elas dão errado. Por isso, eu quero uma resposta agora, "sim" ou "não", que fique bem claro, eu gostaria que fosse um "sim", mas, na pior da hispóteses, me diga um "não", o "talvez..." eu não quero... Você vai dizer "sim"...?

domingo, maio 24, 2009

Baby I'm a Fool - Melody Gardot

Baby I'm A Fool lyrics by Melody Gardot

How was I to know that this was always only just a little game to you?
All the time I felt you gave your heart
I thought that I would do the same for you,
Tell the truth I think I should have seen it coming from a mile away,
When the words you say are,
“Baby I’m a fool who thinks it’s cool to fall in love”
If I gave a thought to fascination
I would know it wasn’t right to care,
Logic doesn’t seem to mind that I am fascinated by the love affair,
Still my heart would benefit from a little tenderness from time to time, but never mind,
Cos Baby I’m a fool who thinks it’s cool to fall in love,
Baby I should hold on just a moment and be sure it’s not for vanity,
Look me in the eye and tell me love is never based upon insanity,
Hear the way my heart is beating every other moments fleeting,
Kiss me now,
Don’t ask me how,
Cos Baby I’m a fool who thinks it’s cool to fall,
Baby I’m a fool who thinks it’s cool to fall,
And I would never tell if you became a fool and fell in Love.

http://www.youtube.com/watch?v=4Eb651s_o1Q

terça-feira, maio 19, 2009

Esquece das ironias, eu não faço mais essas coisas, bateu um cansaço delas, de muitas outras também, mas principalmente das ironias. Preciso deseperadamente de uma serenidade que só vem com um amadurecimento que eu não tenho, então, tudo é uma questão de alocação de recursos, ironias são um gasto de energia da qual não posso dispor agora. E o que sobra, mais do que eu imaginava e mais do que todo o resto recebe, é seu.

quinta-feira, maio 14, 2009

Momento Piegas

Desde que você saiu, a coisa que mais me incomoda é casa vazia, porque a memória, o inferno da minha vida, redesenha todos os lugares por onde você passou. Até da fumaça do cigarro que dava pra ver pela janela eu lembro, no sofá, você pode ter ficado de um zilhão de jeitos, mas sempre me aparece de camiseta e calcinha, com o controle remoto na mão mudando, irritantemente de canal, mas até isso a memória transformou, me fez ter saudades...

domingo, maio 10, 2009

Ela não conseguia entender porque, mas ela sabia que era ela quem andava desconfortavelmente devagar, não era o mundo que era agitado demais. Tinha parado de comer faz uns dias, não fazia falta, não era vontade de sumir, ela não iria sumir, tinha coisas a fazer. Quando não fazia nada, quase nunca, matava o tempo sozinha, observando o sol, as cores no céu e nas nuvens, sempre achamos que é só o azul e o branco, ela sabia da curva no espectro, também observava os meio-tons. Ria de piadas, mesmo não fazendo esforço para entendê-las, apenas para não perceberem a indiferença. Gostava de pintura, mas odiava fotografias, porque mostram como é alguém que se sente dessa forma. Também gostava de TV, mas só de passar os canais, nunca assistia nada em particular. Era uma vida assim, que, de tão tênue, quase não era vida.

terça-feira, maio 05, 2009

O dia estava lindo, mas ele saiu de casa pra fazer algo banal como comprar limões, nunca se sabe quando vamos morrer, se soubéssemos poderíamos planejar alguma coisa mais elaborada, como uma trilha ou despedidas, mas como não podemos, naquele diz ele saiu pra comprar aquela coisa qualquer, que podiam ser limões. Foi atravessando a praça. Ele sentiu uma pequena vertigem, ainda conseguiu sentar e acomodar os limões ao seu lado no banco, os olhos, fechando aos poucos, ainda puderam perceber o céu azul, sem nuvens, marcado pelas linhas dos cabos de força e um passarinho negro que logo alçou vôo, era, definitivamente, um dia bonito.

segunda-feira, abril 27, 2009

Não sei porque eu ainda me importo, é pura tolice, mas eu me importo, não quero teus cabelos tocando o rosto de ninguém, muito menos alguém descobrindo que os teus mamilos são um ponto fraco, que basta um toque logo abaixo da nuca pra você se arrepiar, porque que é só a barba do meu queixo que deveria tocar ali, mais nenhuma barba de nenhum outro queixo. Tolices de gente grande, são desse tipo que eu tenho. Agora vem deitar. Sou, sou um tremendo de um tolo.

segunda-feira, abril 20, 2009

Tem horas que odeio a Clarice, toda vez que penso em mandar os dois embora pra me deixar trabalhar, lembro que ela botava a máquina de escrever no colo pra pode ficar na sala com os filhos. Nem um dos dois é meu, mas eles insistem em ficar aqui, as poucas palavras que falam são sobre a fascinação com a quantidade de coisas em meu quarto, especialmente de livros, prometi que podem tocá-los, contanto que possam lê-los, condição única e bastante aprazível pra mim, enquanto isso eles "escrevem" de forma furiosa, estrangando papel e as poucas canetas que eu tenho, enquanto eu tento trabalhar.

quinta-feira, abril 16, 2009

Dia cinza, como todos aqueles sem você, fiquei pensando nisso enquanto o avião subia, se ele caísse, ficaria até agradecido. Inventei todas as coisas que poderíamos ter feito, revi todas as escolhas e mudei várias muitas vezes, em todas as possibilidades você ficava comigo, só precisava mudar algumas coisas, alguns diálogos, tudo pra ter um pouco mais de tempo. Memória nós mesmo que criamos, refiz todas as nossas, relembrei tudo pra poder mudar tudo, um verdadeiro trabalho do cão. Senti aquela pressão forte no corpo, como se algo puxasse os órgãos pra baixo, muito justo já que eles e o resto do corpo deveriam estar no chão, e ali estava eu desafiando uma das poucas coisas realmente sagradas nesse mundo, as leis da física . Me veio à cabeça mais uma vez "Bem que esse avião podia cair".

segunda-feira, abril 13, 2009

Eu queria um amor de domingo (não, não aos domingos), um daqueles que se aprecia de bermuda e chinelos, apenas porque é um dia de bermuda e chinelos, um que se descobre em coisas que em qualquer outro dia seriam insignificantes, como um ida ao supermecado, na hora que vocês está em dúvida sobre as frutas ou os legumes, ou vendo televisão, quando por um instante você é resgatado da distração pelo simples ímpeto de dar um beijo na testa, curto, mas longo o suficiente pra sentir um pouco do cabelo roçar a pele e o cheiro do xampu invadir as narinas e pra ninguém mais querer assistir tv.

terça-feira, março 24, 2009

Sinto que ando radioativo, porque ninguém fica por perto, mesmo tendo certeza de que a minha higiene pessoal está em boas condições. É algo inexplicável, parece que que tem uma folha colada nas minhas costas, pior um post it bem na testa escrito: babaca. Quem sabe ele é hich tech e fica mudando a mensagem, expondo todos os meus defeitos, e todo mundo que passa olha diretamente pra ele, por isso passam pelo lado, algumas devem até atravessar a rua, eu que nem percebo. É uma vida meio videoclipe, mas sem a trilha fantástica, só uma baita seqüência de recortes em que eu me dou mal...

segunda-feira, março 23, 2009

O que eu lembro melhor é do teu cheiro, faz tempo que não conto com a visão para muita coisa, então guardo detalhes. De você eu guardei o cheiro, principalmente ao acordar, bem próximo da nuca, antes, mas bem próximo aos cabelos, era dali que o cheiro se espalhava. Outro pedaço que "guardo" são os dedos, finos, na mão lisa de quem nunca precisou fazer trabalho algum. Esperei que você fizesses todas as coisas que precisava, para depois voltar...

sábado, março 21, 2009

Nunca mais escrevi, me perguntava por quê? Aos 26 não se perde a criatividade, nem aos 30, nem aos 80. Contudo, duas coisas aconteceram que, pelo menos em parte, podem responder. Primeiro, parei de viver. Pelo menos para mim, não dá para criar coisas a partir do ar, preciso de música, de literatura. Me toquei disso lendo uma passagem que me fez ter a vontade de começar um texto com algo assim:
"a pele estava tão branca, parecia que estava com frio, receava tocar suas costas, se eu a tocasse com toda certeza iria acordar, felizmente não resisti, felizmente também estava errado, ela não acordou e eu pude ver os pêlos finíssmos subirem como tocados por estática, os poros dilatando leve, porém, rapidamente. Beijei sua nuca, e um suspiro quase inaudível me fez ter a certeza de que qualquer que fossem as incertezas que as esperaças de amor trazem, ele (o amor) se concretiza nesses momentos, por mais solitários que sejam."
O segundo acontecimento tem a ver com o primeiro. De certa forma, por mais isolado que eu estivesse, escrevia para eles, as coisas mais simples, as bobagens, as grandes declarações, não tem mais nenhum deles na minha vida, pelo menos não como antes... Se virem, se passarem por aqui de novo, mesmo que por acidente, saibam que a casa ainda é de vocês, prometo deixar mais bem arrumada para quando voltarem.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Teste 2 (Trabalho e blog)

Edgar Morin começa um de seus livros com a seguinte afirmação sobre o pensamento: “Pedimos legitimamente ao pensamento que dissipe as brumas e as trevas, que ponha ordem e clareza no real”. A forma que encontramos para afastar o caos e a incerteza é classificando as coisas, o fazemos dando nomes, criando taxonomias, sistemas solares, definindo as coisas que pertenceram a cada década do século XX, etc. No final das contas, criamos enormes coleções de tudo o que existe.
Ao mesmo tempo adquirimos uma mania pela memória, perseguimos o conhecimento de toda a grande biblioteca que criamos, contudo ficamos restritos aquilo que podemos lembrar, e memória é uma de nossas “invenções” mais esquivas.
Um subterfúgio é criar algumas convenções sobre as coisas que não queremos esquecer, ou que devemos lembrar, como é o caso dos monumentos. Tudo guarda um pouco de memória, às vezes pode não ser algo tão óbvio e precisemos olhar um pouco mais à esquerda ou ao fundo para entender a obra inteira, mas é certo que está ali.
Para quem mora em Belém e costuma tomar ônibus temos um exemplo bem simples, alguns deles têm em seu itinerário os bairros Águas Brancas, Águas Negras e tem também o Águas Lindas, nem um dos três é perto um do outro, o último por sinal nem fica em Belém, mas está na área metropolitana da cidade. Até para quem mora na cidade esse nomes podem soar estranho, mas isso acontece porque não se ensina nas nossas escolas que, além de seus nomes, os rios da Amazônia são divididos de acordo com suas propriedades bioquímicas em: rios de águas brancas, claras ou negras.
O famoso encontro das águas, a junção dos rios Negro e Solimões – que a partir desse ponto formam o rio Amazonas – é o encontro de um rio de águas negras, o Negro, e um rio de águas claras, o Solimões. Essa não é apenas uma classificação pela cor, ela é apenas o indicativo mais óbvio da ação de uma série de fatores biológicos, químicos e geológicos sobre os rios e, portanto, uma convenção lógica para sua classificação, algo para atuar sobre a memória, a partir disso a acionamos para desconstruir uma palavra e compreender todo um sistema, é como puxar um fio e desfazer um tapete, para depois remontá-lo.
Porém, a nossa mania criou uma situação paradoxal, quanto mais classificamos, mais difícil fica de compreender todos os sistemas de classificação, impossível até, e cada vez mais as coisas ficam longe no tempo e no espaço. A memória vai se perdendo, parecendo tão distante que quando a buscamos ela se parece com, ou quem sabe se transforma em, ficção.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Ela disse que nunca mais ia me escrever, eu achei ótimo, porque, francamente, tava cansado e ela nem escrevia tão bem assim. Mal, a verdade é que ela escrevia mal, mas eu, idiotamente, sinto falta de que ela escrevia pra mim. Os textos de amor correspondido que todo mundo tem vergonha de receber eram pra mim, não os respondi, ficaram como as cartas portuguesas, das quais só temos o lado dela, apaixonada, não correspondida, rancorosa...