sábado, dezembro 03, 2005

Fazendo as Pazes

Bom, Natal está chegando e ontem minha irmã, uma mulher de 24 anos - preciso frizar isso - me perguntou se eu já havia escrito minha carta ao Papai Noel. Eu nunca havia escrito uma carta a ele. Então decidi escrevê-la, aqui vai uma transcrição.
"Querido Papai Noel,
Sei que já estou meio velho pra escrever-lhe cartas, mas preciso compensar os anos em que não lhe escrevi. Entendo que nosso relacionamento não era dos melhores quando eu era criança, a verdade é que eu não gostava do senhor, por outro lado eu não gostava de quase ninguém quando era criança. Peço desculpas por ter feito carão* e chutado sua canela na Yamada quando eu tinha sete anos, posso lhe garantir que hoje em dia eu contenho meus impulsos agressivos e não chuto mais as pessoas.
Entretanto, devo dizer que guardo alguns ressentimentos em relação a sua pessoa. O primeiro está relacionado as piscinas de bolinhas, não que o senhor tivesse influência sobre a minha mãe, mas eu poderia ter recebido as bolinhas pra colocar na minha piscina de plástico azul. Mesmo não lhe escrevendo, sempre foi notória a sua onisciência sobre as necesidades das crianças, devo lhe dizer que acho esse dado bastante discutível, mas vou deixar isso para nossas futuras correspondências, e na época eu ainda nem havia lhe chutado.
O segundo, e mais importante, está relacionado a armas de brinquedo. Sim, mais uma vez quero deixar claro que não acho que o senhor devesse ter intercedido com a minha mãe, porém apelo mais uma vez a sua onisciência, pois hoje descobri que possuo uma mira relativamente boa. Quem sabe se eu tivesse recebido incentivo quando criança, um mero trinta e oito de chumbinho. Hoje eu serei um jovem franco atirador, trabalhando para a polícia e ajudando a manter a paz em nossas ruas, ou melhor, teria fundado um grupo terrorista e estaria livrando o país de muitos políticos equívocados.
Espero poder reatar laços com o senhor que é reconhecido como uma pessoa bondosa e compreensiva. Talvez até me corresponder com o senhor periodicamente.
Fortes e efusivos abraços,
Leandro Raphael"
*Sim, aos sete anos eu já fazia carão.

3 comentários:

Anônimo disse...

Olha, a gente deveria fazer uma sessão "filmografia David Lynch". Vai ser sucesso!
Gostaste do texto dos 80's? Resolvi aderir à campanhade interligação dos blogs...kkkk
E o homem aranha? ELe não é fofíssimo (adorei a palavra...kkkkk)?

Bjos...

Sic disse...

kkkkkkkkkkk Rapha eu ameeeeeeeeeeei esse texto, nossa conseguiu arrancar milhões de gargalhadas minhas, sim eu tb fazia carão aos sete anos! kkkkkkkkkkkkkkkkkkk eu nasci de carão! kkkkkkkkkkkkkkkkk E agora só me resta torcer pra que meu saldo com o papai noel (liiiiiiindo) seja positivo, por q enfim o presente que eu quero é peso. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Saudadesssssssssss oh! eu antes mesmo de ver o post do jonh já havia proposto uma seção Lynch e já ia colocar aqui kkkk bora?

P.S: Vou entrar no messenger agora pra vê se te encontro, quero te dar um abraço nem que seja virtual

Antó disse...

UAHauhAUhuhuhauahu Rapha que texto ótimo enquanto estou postando aqui e falando contigo no msn , estou danda gargalhadas sozinho na frente do pc heehehe muito bonitinho o texto e ainda bem que arma era de brinquedo , meu Deus ! heheehe até te vi todo encapusado e de negro liderando um grupo de exterminio! ai ai