sexta-feira, dezembro 22, 2006

Quero Ser Caio

Tem uns autores que gritam comigo. Sim, gritam, o que eles escrevem me impacta de uma forma tão grande que é como se gritassem. Clarice com certeza é uma, mas no caso dela acho que isso acontece com todos. Agora o Caio é diferente, ele é um querido, sempre presente, sempre me contestando. Que contestando nada, ralhando mesmo, com uma voz afetada, nunca a ouvi, mas sempre imagino que fosse bem afetada "Deixa de ser Irene bofinho, a onda é ser Jacira". Sempre com cigarro na mão, acho que minhas vontades repentinas de fumar vêm dele, de beber vodka até cair também, acho que simpatizo com ela por causa dele. Sempre tem uma frase, as vezes textos inteiros, dele que eu gostaria de ter escrito. Não tenho a ousadia que ele tinha, toda vez que me pego pensando isso, ele invade meus pensamentos ralhando, mandando eu ir viver a vida. Acho que é porque eu não queria a minha vida, eu queria a dele, final trágico e tudo, com direito a texto dizendo "Eu ainda não morri, porra". Acho que me apeguei mais a ele porque ele grita comigo não só pelos textos, mas em pessoa. Contato é uma coisa muito importante.

3 comentários:

Moara disse...

que cAio? eu quero conhece-lo!

quando tiveres vontade de beber e fumar, me chama viu!hehehe!!

feliz natal

Anônimo disse...

Pensei que só eu tratava ele assim, o meu anjo da guarda eleito, o Caio, meu querido desconhecido e amado. Indiferente e presente, cantando no meu ouvido frases da Hilda para me fazer parar de chorar :P A propósito, oi :) e parabéns pelos textos, são viscerais.
ps: acho que ele tinha uma voz grave...

Sic disse...

Eu não queria ser o Caio, eu queria ter o Caio!