quarta-feira, agosto 23, 2006

Na Livraria

Ainda que não tendo dinheiro pra comprar um mísero cartão postal, eu ainda insisto em entrar em todas as livrarias do shopping. Na verdade, eu vou ao shopping exatamente pra isso. Olho todas as prateleiras que me parecem interessantes. Checo os novos volumes da coleção de bolso da L&PM, são os mais baratos. Arrumo algumas coisas que ficam fora do lugar. Encontrei "A Origem da Vida" de Darwin na prateleira de ficção científica, ri bastante e deixei onde estava. Pobre Darwin. Fui ao meu local favorito. Umas prateleiras no canto direito, onde ficam os livros de contos. O essencial do Caio Fernando em dois livros, duas décadas da vida dele em dois livros enormes e caros. Ele sabe o quanto eu o amo e o problema que é não ter dinheiro, pensei em tentar roubar um deles como ele fazia na Inglaterra, mas, ainda que eu tenha roubado uma menta na quarta série, jamais vou ter ousadia suficiente pra roubar um livro. Lembrei que por ali ficavam também os livros de Katherine Mansfield. Eu a rondo faz alguns meses, observei sua comunidade no orkut, toquei os livros na livraria, mas nunca os abri. Havia quatro, os mesmo de sempre. São de uma coleção antiga, eles ficam meio deslocados, porque todos os outros são mais novos, com layouts chamativos e outras coisas de design conteporâneo. Decidi levar um pra mim. Mais um mês no vermelho. Qual a novidade nisso? Um deles era meu, tava decidido, mas na verdade eu queria mesmo era levar todos os quatro. Me contive. Um só. Era tudo que me cabia. Como decidir? Escolhi pelo título, fiquei com "A festa e outros contos", quem sabe fosse alegre, eu ando necessitado de um pouco mais de alegria. Abri o livro no primeiro conto "A festa". Logo no primeiro parágrafo há uma frase "Quanto às rosas, impossível ignorar que elas acreditavam ser as únicas flores que impressionam os convidados de uma festa ao ar livre..."

5 comentários:

Antó disse...

Hey !!!
Resolvi retribuir a sempre pontual e cortez visita que fazes ao meus escritos com um que de poema , sei que não te atraem muito poemas mas sei que os Lê por que és acima de tudo meu caro amigo,adorei a frase as vezes me sinto como as rosas...e claro que vou querer dar uma lida neste livro , também adoro passear meus olhares nas instantes das livrarias e queria poder deixar sempre um espaço vazio nelas e mais um cheio em casa... abraços

Moara disse...

teu blog é tão fofeeto

porra, saudade.

Anônimo disse...

1º Concordo: pobre Darwin!
2º Tenho um amigo que depois que foi morar em Lisboa ficou cara de pau. Já surrupuiou livro de livraria, sob o argumento de que era para o mestrado e não tinha dinheiro. Ok, mas ele não consegue convenser quando tenta explica pq "pega" caixinhas de menta no Lider, ou braçadeiras em lojas...
Enfim... abraço.

Anônimo disse...

PS: Convencer com S foi horrível...

Andarilho disse...

E algumas pessoas gastam o dinheiro com cerveja...