sexta-feira, maio 18, 2007

Rilke

Na carta dizia "Volte-se paar si mesmo. investigue o motivo que o impele a escrever; comprove se ele estende as raíxes até o ponto mais profundo do seu coração, confesse a si mesmo se o senhor morreria caso fosse proibido de escrever. Sobretudo isto: pergunte a si mesmo na hora mais silenciosa da madrugada: preciso escrever? Desenterre de si mesmo uma resposta profunda. E, se ela for afirmativa, se o senhor for capaz de enfrentar essa pergunta grave com um forte e simples "Preciso", então construa sua vida de acordo com tal necessidade; sua vida tem de se tornar, até na hora mais indiferente e irrelevante, um sinal e um testemunho desse impulso..."
Ainda não consegui definir se as coisas para mim são assim. Antes eu nem pensava em escrever, comecei por acaso e descobri que essa é uma atividade que me consome, demoro a dormir porque fico pensando no que vou escrever, os pensamentos não me deixam descansar enquanto não forem tirados da cabeça e, no meu caso, passados para cá. Esse espaço, para mim representa escrever, e na maior parte do tempo uma das poucas coisa que eu genuinamente gosto de fazer. É curioso como algo que rouba o sono e o descanso também pode ser fonte de um prazer simples, mas viciante. Porém, para mim ainda falta essa reflexão profunda que responde uma dúvida que aind ame era desconhecida antes de ler essa carta. Agora fico me perguntando "É preciso?"

Um comentário:

Sic disse...

Égua, eu também acho escrever aqui uma das coisas mais legais que eu faço nos últimos tempos, ´[e uma pena que tenho tido pouco tempo para ser mais legal kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Beijo