De pé, ele enxerga o sol, as nuvens e ouve o barulho das ondas, nesse instante ele lembra que está vivo e percebe o choro contido. O som das ondas batendo nas costas ameniza a dor. Nem ao menos percebeu que havia entrado na água. Essa deve ser alguma forma de amor, pena que jamais lhe ensinaram que ele também pode ser belo e, quem sabe, trazer alguma espécie de felicidade. Só sabe a dor do amor, tão próxima da morte, talvez por isso sempre esquivou-se dele. Sempre houve esperança de um tipo de amor diferente, ainda inacessível, mas em algum ponto ele o alcançaria. Porém, nesse momento, com as ondas arrastando-o de novo para a praia, quase não consegue lembrar disso. Sente-se feliz por esquecer da dor, da morte. Antes de desmaiar ainda consegue olhar pra cima e ver um pouco do sol, quem sabe tentou absorver um pouco do calor antes dos olhos fecharem. Sente uma mão tocar no seu ombro, o mundo continua escuro e ele descobre que a morte, na verdade, é cinza.
quinta-feira, abril 10, 2008
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Um comentário:
Baby é que nem desligar tv, lembra? tchum!
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