Encontraram-se algumas outras vezes e a reciprocidade de sentimentos era inequívoca. O velho dono da livraria tentou avisá-la "Minha filha, não importa se antes ele não usava casacas e agora as veste, ele é um monstro e vai continuar sendo um. Até a mãe dele bem o sabe", porém, o deslumbramento da paixão fazia-a evitar o bom senso, mesmo que esse lhe agitasse placas durante o dia.
Não demorou muito para que se casassem, houve uma cerimônia simples, por algumas horas o desamparo parecia ter abandonado o olhar da moça e ao homem deve se dar o crédito de ter passado um dia inteiro disfarçando sua truculência. Entretanto, mesmo com toda a alegria daquele dia, o que ambos ignoravam era a grande tristeza que tinham e essa, talvez, fosse sua ligação mais forte.
No início, passado o estranhamento da falta de intimidade, amor e sexo eram a mesma coisa e assemelhavam-se a fome. Com o tempo já nem sabiam porque faziam amor, era apenas o desfecho do dia.
Alguns anos depois, ela já se resignara a constatação de sua infertilidade, a regularidade e quantidade de suas relações e pelo menos dois abortos expontâneos, lhe davam essa certeza, não de todo inesperada. Até que o destino, em mais uma de suas reviravoltas inexplicáveis, lhe concedeu todas as agruras de uma gravidez levada a cabo. Após o parto, de um menino saudável ainda que um poco pequeno, teve a surpresa da anunciação da mudança de sua sogra para junto do filho e da nora.
-Continua, sei lá porquê, mas continua-
Um comentário:
Ai termina logo isso menino!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Eu estou um pouco pensando em casamento por esses dias, sei lá estou na verdade viciada em festa de casamento, vestido de noiva e tudo!!!!
Beijos baby
Postar um comentário