Meu aniversário está próximo, estive pensando em como sempre escrevo pouco próximo ao meu aniversário, e me peguei em meu próprio exagero, o blog tem pouco mais de um ano. Então pensar em sempre é hiperbólico. Porém, um presente do ano passado, quase esquecido coitado, me fez querer escrever. É um livro de poesias, meu ponto fraco, aprecio poucos poetas por me sentir tocado por poucos, jamais me ocorreu que um volume esquecido de "Cem sonetos de amor" pudesse me tocar. Grande erro, me ganhou desde a dedicatória, a do autor e a feita à mim. O segundo poema até agora foi especial:
II
Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando coma chuva.
Em Taltal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações
tu e eu tínhamos que sempre amar-nos,
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa os cravos.
***
Será que eu e você também seremos assim?
Um comentário:
Tu sabes como eu sou, sempre acho que tu escreves pra mim...Sim, ela é doida! Bem se for pra mim e se depender de mim, estarás sempre, faça chuva, faça sol, faça o caralho, mas faça o favor de ficar aqui, ao alcance das minhas mãos.
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