Ela não conseguia entender porque, mas ela sabia que era ela quem andava desconfortavelmente devagar, não era o mundo que era agitado demais. Tinha parado de comer faz uns dias, não fazia falta, não era vontade de sumir, ela não iria sumir, tinha coisas a fazer. Quando não fazia nada, quase nunca, matava o tempo sozinha, observando o sol, as cores no céu e nas nuvens, sempre achamos que é só o azul e o branco, ela sabia da curva no espectro, também observava os meio-tons. Ria de piadas, mesmo não fazendo esforço para entendê-las, apenas para não perceberem a indiferença. Gostava de pintura, mas odiava fotografias, porque mostram como é alguém que se sente dessa forma. Também gostava de TV, mas só de passar os canais, nunca assistia nada em particular. Era uma vida assim, que, de tão tênue, quase não era vida.
domingo, maio 10, 2009
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